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sábado, 26 de junho de 2010

The Last Station.


Este filme merece todo o nosso respeito. É uma verdadeira obra de arte que deve ser degustada lentamente e com atenção, com um elenco arrasador, com destaque para Christopher Plummer, Helen Mirren e Paul Giamatti, para mim um dos maiores atores da atualidade, versátil e profissional. O filme conta a fase final da vida de um dos maiores escritores de todos os tempos, Leon Tolstoy (ou Tolstoi), autor, como todos sabem, de obras primas como Guerra e Paz e Anna Karenina. Tolstoy, interpretado de forma grandiosa por Plummer, já está velho e no final da vida. Tornou-se um fanático religioso, fundador de seita, de forma que os seus seguidores auto denominam-se “tolstoyanos”. A religião idealizada por Tolstoy, que passou a se vestir como um monge, embora tivesse muitos bens (que sempre que pode divide), é baseada no amor a Deus e ao próximo, na divisão de bens e na igualdade social. Era completamente contrária à violência e ao controle de autoridades jurídicas. Isso o leva a inevitáveis conflitos com a sua esposa, a condessa Sofya Tolstaya (interpretada por Helen Mirren, cada vez melhor atriz, se é que fosse possível, e sabendo envelhecer com dignidade, ao contrário de certas pseudo-atrizes canastronas e insuportáveis). É óbvio que a condessa não deixa de ter as suas razões para os excessos de fanatismo do marido e de uma das filhas do casal, dilapidando o patrimônio da família de forma despreocupada. O melhor amigo de Tolstoy, Vladimir Chertkov (Paul Giamatti) é o maior defensor da sua ideologia, até mais que o próprio Tolstoy, chegando a influenciá-lo pesadamente após ter sido “cria” dele e também se tornando o maior adversário de sua esposa. Giamatti, aliás, merecia há muito tempo um maior respeito e um Oscar.

Duas coisas chamam a atenção no filme. Os diálogos de Tolstoy são fantásticos. Em um deles, afirma que todas as religiões têm uma coisa em comum: o amor. Infelizmente, o grande Tolstoy esqueceu, como bom idealista, que todas as religiões têm também em comum a formação de hierarquias internas e a presença inevitável de pessoas que criam “cleros” privilegiados, ávidos de poder, de boa vida e do dinheiro dos fiéis. Tolstoy é tão humilde que em um momento afirma ao seu interlocutor, um jovem, que o considerava melhor “tolstoyano” até do que ele próprio, numa cena antológica. Admite com grandiosidade os erros cometidos no passado, como um bom cristão deve fazer, bem como que, apesar de não mais fazê-los e ter se arrependido, ter às vezes saudades de alguns deles. Ou seja, ressalta a máxima virtude: saber se controlar frente às tentações do mundo por mais mudado que esteja o seu caráter. Tolstoy, diferentemente da grande maioria dos líderes religiosos, não se considera acima dos outros nem tampouco um líder espiritual irretocável. Afirma que “não escrevo para as editoras, escrevo para as pessoas”. Que contraste em comparação com certos escritores medíocres da atualidade! Por isso Tolstoy foi único. Por isso ouso dizer, em minha modesta opinião, que a literatura russa, com Dostoyevsky (meu escritor preferido), Tolstoy, Gogol e outros, conseguiu ser a maior de todos os tempos, superando mesmo as respeitáveis literaturas francesa (com Balzac e Proust) e inglesa (com Shakespeare).

O outro aspecto que é fenomenal e comovente no filme é a relação de Tolstoy com a sua esposa. Embora discordem em quase tudo, às vezes tenham discussões inflamadas e a esposa tenha que suportar os excessos de fanatismo do marido, ambos se amam intensamente, como uma lição aos casamentos de hoje e mesmo de todos os tempos que o amor verdadeiro, o amor de 1Cor. 13, supera qualquer discordância, discussões ou mesmo brigas. É um amor onde um é a fonte inspiradora do outro. É um amor exemplar para ser levado até a morte. Enfim, um filme inesquecível.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A trilogia “Millennium”: livros e filmes.


 

Os livros da tríade Millennium (“Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, “A Menina que Brincava com Fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”), do escritor sueco Stieg Larsson, jornalista já falecido e que era especializado em denunciar falcatruas em seu país (sim, eles também têm, mas lá há punição) é agradável de ler, mas se desequilibra em muitos pontos. Antes de comentar, coloco a sinopse dos livros, retiradas de um site de vendas, para evitar minha prolixidade e para ganhar tempo:

“Os Homens que Não Amavam as Mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada.”

A Menina que Brincava com Fogo: “O tutor de Lisbeth foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados: um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes - um Colt 45 Magnum - não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo.”

A Rainha do Castelo de Ar: “Neste terceiro e último volume da série, Lisbeth Salander se recupera, num hospital, de ferimentos que quase lhe tiraram a vida, enquanto Mikael Blomkvist procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga, acusada de vários crimes. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se, ela quer uma oportunidade para dar o troco. E agora conta com excelentes aliados. Além de Mikael, jornalista investigativo que já desbaratou esquemas fraudulentos e solucionou crimes escabrosos, no mesmo front estão Annika Giannini, advogada especializada em defender mulheres vítimas de violência, e o inspetor Jan Bublanski, que segue sua própria linha investigativa, na contramão da promotoria. Com a ajuda deles, Lisbeth está muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos se articulou nos subterrâneos do Estado sueco, um complô em cujo centro está um perigoso espião russo que ela já tentou matar. Duas vezes.”

O primeiro livro, o melhor dos três, confesso, prendeu-me do início ao fim. A trama, o mistério e o suspense foram muito bem desenvolvidos pelo escritor, os personagens rigorosamente descritos e a linguagem bem colocada. Ao ler o segundo livro, apesar de ótimo entretenimento e diversão, tive a impressão de que o escritor era outro. Uma parte inicial completamente dispensável, em primeiro lugar. Em segundo, a linguagem fica cheia de clichês e algumas palavras de qualificações de personagens são repetidas exaustiva e primariamente. Em terceiro, o autor descamba no exagero: inventa relacionamentos desnecessários para construir um personagem extremamente irresistível e mulherengo de Blomkvist (o que já tinha feito no primeiro livro e já bastava) e uma Lisbeth que parece saída dos “X-Men”, com poderes de “super-hacker”, genialidade que rivaliza com cientistas renomados, memória fotográfica e agilidade, capacidade de luta e de recuperação de traumatismos mortais dignas de um “Wolverine”, quase impossíveis pelo seu tipo físico. O terceiro livro continua o segundo em tudo, embora seja mais bem construído e de trama mais bem elaborada e detalhada.

O filme do primeiro livro (“Män som hatar kvinnor”) é superior aos outros dois também (“Flickan som lekte med elden” e Luftslottet som sprängdes”), embora o segundo seja mais movimentado. A virtude maior dos filmes é a atuação de Noomi Rapace como Lisbeth Salander (ver foto acima), encarnando a personagem de forma magistral e perfeita. Uma grande atriz sem dúvida. Aliás, mesmo de duração muito longa, os filmes estão longe de serem cansativos (embora algumas pessoas tenham achado o início do primeiro um tanto monótono, embora eu discorde), são muito bem feitos, têm todos os personagens bem caracterizados e dispensam partes, em minha opinião, inúteis dos livros, embora alguns leitores fanáticos possam ter sentido falta delas. Também, de forma adequada, não se aprofundou tanto nas performances de “super-heroína” de Lisbeth (embora tenha sido necessário mostrá-las) nem nas conquistas amorosas excessivas de Blomkvist. O ator Michael Nyqvist que fez um dos personagens chave, o jornalista Mikael Blomkvist, entretanto, decepcionou-me um pouco, pois não conseguiu transmitir o carisma do personagem. Quanto à trama, achei bem desenvolvida, mas pode causar um pouco de confusão para quem for menos atento e não leu os livros. Para ver o terceiro filme, os cinéfilos têm que ter visto necessariamente o segundo, ou já ter lido os livros. os suecos foram inteligentes em lançar os três filmes com rapidez (só o primeiro foi exibido ainda no Brasil) antes que os americanos (que parecem acreditar, como a maioria beócia dos “assistidores de filmes”, que só eles sabem fazer cinema), seduzidos pelo sucesso da série dos livros, tomassem a frente, embora eu acredite que vão se meter em refilmagens, talvez dando mais agilidade a Blomkvist. De qualquer forma, os livros me divertiram muito e gostei muito dos filmes.

sábado, 19 de junho de 2010

Adeus gigante Saramago, único Nobel da língua portuguesa.

O mundo literário e intelectual está de luto com aquele que, em minha opinião, era um dos  maiores escritores da atualidade. Especialmente em um tempo dominado por baboseiras irrealistas dos Dan Browns e sem estilo literário e cheios de clichês repetitivos das J.K. Rowlings da vida, além das inomináveis porcarias sobre vampiros que ninguém em sã consciência suporta mais. Só quem já leu livros de Saramago, como o Evangelho Segundo Jesus Cristo, As Intermitências da Morte, o bem conhecido Ensaio Sobre a Cegueira e o um pouco menos conhecido Ensaio Sobre a Lucidez, dentre outros, pode constatar isso e reconhecer um estilo único, duro, realista, emocionado e ao mesmo tempo cortante, com uma pontuação toda própria. Segue a breve nota retirada da Folha de São Paulo:

"Morreu ontem, aos 87 anos, o escritor português José Saramago. Autor do idioma que conquistou o maior reconhecimento internacional na literatura contemporânea, por causa do Prêmio Nobel ganho em 1998, ele estava em casa, na ilha espanhola de Lanzarote, com a mulher, Pilar.
O corpo será levado para Lisboa, onde acontecem o velório e a cremação.
Saramago nasceu numa família pobre, foi operário e se iniciou tardiamente como escritor de ficção. Atuou também como jornalista e dramaturgo. Estabeleceu uma obra marcada pela carga ideológica, em que seu ateísmo e seu marxismo se fundiam à uma escrita vigorosa e original. Ao longo Suas posições políticas renderam tantas polêmicas quanto seus lançamentos.
Após o Nobel, tornou-se popular, especialmente no Brasil, onde foram vendidos R$ 1,4 milhões de exemplares dos seus livros. Deixa uma única filha, Violante, do seu primeiro casamento.
Leia caderno com textos de Leyla Perrone-Moisés, Luiz Schwarcz e João Pereira Coutinho."

sábado, 12 de junho de 2010

Feliz dia dos namorados.


Começo homenageando a minha esposa, minha única verdadeira namorada, a quem amo tanto. Completamos 11 anos de casamento em 30.05.10, o que não é pouco nos dias atuais. Mas, como diria certa pessoa da qual gosto de algumas músicas (embora tenha plagiado umas de bandinhas estrangeiras), costumo ser a mosca que pousa na sopa, o cara chato de plantão.

É costume dizer de um casamento que o par parece dois namorados quando andam rindo à toa, saindo direto e se beijando a toda hora. Perdoem-me os que pensam assim, mas isso é um reducionismo do casamento. Comparar casamento com namoro, para mim, significa aviltar o primeiro, e não elogiar. Especialmente pelas características atuais da maior parte dos namoros: superficialidade, sexo fácil, descompromisso e vulgaridade. Pergunto: alguém casou com todo namorado ou namorada que teve, já que o namoro é tão melhor assim? O casamento não é isso. O casamento é muito, mas muito mais mesmo. É a reflexão do verdadeiro amor. De saber e aprender a se cuidar de uma pessoa. De suportar os defeitos do cônjuge e procurar mudar os seus, de adicionar conhecimento e receber conhecimento do próximo, de renunciar a coisas. De ter filhos e saber educá-los. De superar momentos difíceis juntos. De saber perdoar. De aguentar crises. De saber que sexo é importante, mas mais importante é ter alguém para abraçar toda noite. De saber que beijo na boca é importante, mas muito mais é um carinho em momentos difíceis.

Caso houvesse um dia dos casados, esse sim deveria ser comemorado pelos cônjuges, de preferência em casa mesmo. E não o dia dos namorados, com seus clichês insuportáveis: 1- Flores (pra que servem as flores, perecíveis e caras?). Fosse eu uma mulher preferia ganhar uma coisa mais duradoura e representativa do que esse clichê de lavagem cerebral que ainda se associa a alergias, velórios e depredação da natureza. 2- Jantares precedidos de engarrafamentos colossais, em restaurantes lotados e sucedidos de uma passada em um motel. Roteiro velho, batido e comercial, agradável a lojistas, floriculturas e donos de motéis, que enchem os bolsos com o dinheiro daqueles que dificilmente estarão juntos no próximo mês.

E até mais, que agora minha musa (a “patroa”, a galega) me chama (me ordena)!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Os Bons Companheiros (estão de volta em mais uma Copa).


Se o leitor pensa que farei comentários e darei muitos palpites aqui sobre mais uma Copa do Mundo, decepcionar-se-á um pouco. Nunca na minha vida estive tão desapontado com futebol e tão desanimado com uma Copa como desta vez. Mas insisto que acompanhe o texto com paciência até o final. Minhas considerações são sobre a manipulação escandalosa que permeia quase todas as Copas, bem como quase tudo no futebol atual. De como nós torcedores somos feitos de bestas por times, seleções, juízes e federações.

O futebol, infelizmente, é uma droga das mais letais que vicia a maior parte de nós, do sexo masculino. Lamentavelmente, ainda não consegui me livrar de tão nefasto e inútil vício, que já conduziu pessoas à depressão, estresse, alcoolismo, violência e até mesmo a assassinatos e, pasmem, suicídios (como o chinês que se matou em 2002) ou mesmo mortes por acidentes vasculares encefálicos ou infartos agudos do miocárdio (IAM). Nunca me esquecerei de um ascensorista do Fórum Ruy Barbosa que morreu em 1976 de IAM quando o nosso Bahia (hoje reduzido a um anão disforme) marcou um gol em bola chutada de longe (por Alberto Leguelé, cracão), no último minuto, contra o Vasco no Maracanã (o goleiro era Mazzaropi), ganhando de 1x0 após sofrer pressão o jogo todo. As mulheres, do alto de sua superioridade, parecem ser imunes, em sua grande maioria, a essa idiotia que tem função catártica. A esse esporte que olhado friamente, quando comparado com alguns outros, é em 95% das vezes monótono, chato e sonolento.

Minha tese é que a manipulação é quase constante no futebol, e tentamos inconsciente ou descaradamente negar para nos enganar e mantermo-nos no hediondo vício. Tomemos, como exemplo: 1- O “tretacampeonato” do Corinthians; 2- As farsas no campeonato italiano (em que pelo menos há alguma punição). 3- Os entreguismos claros de jogadores, cujas causas são desde malas pretas até insatisfação com o técnico, passando por desejo de sair para outro time, ciúmes de algum colega que ganhe mais ou salários atrasados. Essa praga que assola o futebol, especialmente o nosso, não era muito comum, mas hoje é praxe e muitos torcedores, entre os quais eu não me incluo, acham normal, aceitando tudo como “cornos conformados”. Sinceramente cansei de torcer pelo Bahia, pois todo ano seus jogadores se entregam a essa prática escandalosa e notória na série B, defenestrando a história do clube e levando goleadas ridículas, como 4x0 para o “grande” e “glorioso” Icasa. Parece que os salários estratosféricos são os responsáveis por isso, enquanto antigamente os jogadores se matavam em campo pelo clube, não só por amor, mas também porque ganhavam gratificações pelas vitórias. 4- A FIFA permitir a desumanidade de jogos em altitudes como a de La Paz, com reconhecido prejuízo de times pelo hipobarismo excessivo. E por favor, não insistam dizendo que se pode comparar hipobarismo com temperaturas extremas, ou que é “frescura”, pois isso demonstra desconhecimento científico.

Mas voltemos à Copa. A primeira Copa, em 1930, já foi uma descaração total, com o Uruguai sendo campeão roubando Itália a Argentina. Na segunda, em 1934, foi a vez da Itália roubar, eliminando o Brasil com pênalti inexistente. Em 1938, não foi respeitado o rodízio entre Europa e Américas. E por aí vai. Ler o livro da “História das Copas” faz corar qualquer chefe de máfia. Em 1962, parece que a balança pendeu para nós. Em 1966, tivemos a copa mais imoral da história. A Inglaterra comprou quase todos os jogos, até mesmo os de adversários que ela queria eliminados por times mais fracos. Em 1978, então com 13 anos, tive a maior decepção futebolística ao ver a Argentina ser campeã comprando árbitros na primeira fase e na final e comprando o time do Peru (ganhou de 6x0, em fraude praticamente assumida e documentada, sem que a FIFA nada apurasse) para desclassificar o Brasil (e ainda vemos brasileiros que torcem para a Argentina e usam até a camisa dela, enquanto somos chamados de “macaquitos” por eles...). Em 1986, a Argentina foi campeã eliminando a Inglaterra com gol de mão e a excelente seleção da União Soviética foi operada no jogo eliminatório contra a Bélgica por um juiz... americano (em plena guerra fria)! Em 1990, Maradona admitiu (recentemente) ter dado água “batizada” à seleção brasileira, sem que nada fosse apurado mais uma vez. O próprio, aliás, foi eliminado da copa para dar menos trabalho à Alemanha. Em 1994, fomos campeões com uma semifinal onde o time da Suécia parecia estranhamente letárgico. Em 1998, bem, nada precisa nem ser dito. Em 2002, roubamos descaradamente a Turquia e a Bélgica. A Coréia do Sul eliminou em arbitragens deploráveis a Itália e a Espanha. Em 2006, quatro jogos foram comprovadamente manipulados pela máfia da Malásia, dentre eles Brasil 3x0 Gana e Itália 3x0 Ucrânia, sem contar o roubo da Itália contra a Austrália, os pênaltis e faltas arranjados para a França (sem contar o estranho comportamento do Brasil e de Portugal contra ela e a presença de um time entreguista que nem existe mais, como Sérvia e Montenegro). A essa altura o leitor pergunta: e não teve copa honesta? Parece que algumas não precisavam de manipulação tamanha a superioridade de algumas seleções, que, quando não ganharam, foi por empáfia, como o Brasil em 1950 e a Hungria em 1954.

A atual copa já me cheira mal. Não entendo por que tanta badalação prévia com a seleção da Argentina (1x6 Bolívia) e sua defesa de vidro. Também com o Brasil (empates em 0x0 com Venezuela e Bolívia em casa, pela primeira vez na história!) e o seu ataque cardíaco. Aliás, deixarão o Brasil ser hexacampeão com a próxima copa sendo aqui, de forma que temos que ganhar de qualquer modo? Não podemos nos dar ao luxo de perdermos duas copas em casa, lembrem que Alemanha e Itália já tinham ganhado uma copa em casa, antes de perderem a segunda, onde, aliás, uma foi campeã na casa da outra. Enfim, boa fraude do mundo para todos.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Saudades desse tempo... Muitas saudades...



“Garimpando” na internet, achei essa imagem (charge) minha, muito bem feita pelo http://www.fotolog.com.br/famed. Foi um tempo do qual guardo muitas saudades. Um tempo em que eu tinha saúde e estava em forma. Era mais alegre e tinha mais prazer em ensinar. O autor, Marcos, hoje médico, merece toda minha consideração, bem como toda a turma dele, que foi uma das minhas preferidas e inesquecíveis. Transcrevo exatamente as palavras dele, mas ressalto: nada tenho a ver com gafieira e lambada. Aliás, danço qualquer coisa pessimamente... E Reumatologia já não ando exercendo mais, por enquanto... Quanto ao caos e a ignorância já reinam nas ruas da Salvador atual (e adiciono a violência), conforme Marcos previa, só que com vários anos de antecedência..

“Essa é uma homenagem que fiz ao Dr. Sérgio Ricardo, professor de Biofísica, há muito tempo atrás, em 2004. Eu sei que ele ainda é professor e que ele ainda é muito bom, mas também soube que ele amoleceu um pouquinho (será?), de qualquer maneira a homenagem ainda vale, um abração.”
“O ano é 2171, a civilização judaico-cristã-ocidental encontra-se em ruínas. O caos e a ignorância reinam nas ruas da Nova Salvador, enquanto o governador ACM IV nada faz, a população clama por justiça.
Eis que, num laboratório secreto, cientistas audaciosos ousam trazer para vida uma lenda nos Séculos XX e XXI. Mas quem seria esse ser? O que ele teria de tão especial?
Expert em Judo, TaeKwonDo, AiKiDo, Karate, Kung Fu, Ninjitsu, JiuJitsu, Power-Yoga, Gafieira, Lambada, Venenos Mortais e Reumatologia, Sérgio Ricardo, chamado por muitos como “O escolhido”, tinha tudo que um guerreiro moderno necessitava para lutar pela justiça.
Seu corpo, embalsamado para adoração pública, infelizmente não poderia mais ser reanimado, logo foi-lhe feita um armadura cyberbiomecânica sob medida: à prova de balas, axé e professores de Bioquímica. O que lhe confere resistência sobre-humana.
Sua cabeça que, a pedido das Nações Unidas, foi mantida em armazenamento criogênico, com a esperança de ser útil em tempos de crise, foi trazida de volta à vida e implantada em sua armadura biomecânica, além de receber uns plug-ins adicionais…
Ele já possuía um poder incrível, o de destruir verbalmente virtualmente qualquer coisa, especialmente as relacionadas à Medicina Alternativa, ao “time” do Vitória e ao Axé Music. Além disso, “o Escolhido”, possuía a incrível capacidade de intimidar seu alunos de forma hipnótica e psicologicamente desintegradora, sendo imune aos ataques dos mesmos.
Armado com ECGs Atômicos, Transdutores de Potência Desintegradora,
Radionuclídeos de Grosso Calibre e de Provas de Destruição em Massa… um verdadeiro arsenal! Incumbido da tarefa de colocar a ordem nos estudantes de medicina do Novo ICS (Que por sinal é o igual ao velho ICS, mas com uma placa nova na frente).
Sai de baixo, pois ele é o ROBOPROF, O PROFESSOR DO FUTURO!”

Dr. MACCS, um abração também do seu amigo e antigo professor, caso um dia você tenha acesso ao meu blog! Obrigado mais uma vez pela homenagem!