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sábado, 19 de junho de 2010

Adeus gigante Saramago, único Nobel da língua portuguesa.

O mundo literário e intelectual está de luto com aquele que, em minha opinião, era um dos  maiores escritores da atualidade. Especialmente em um tempo dominado por baboseiras irrealistas dos Dan Browns e sem estilo literário e cheios de clichês repetitivos das J.K. Rowlings da vida, além das inomináveis porcarias sobre vampiros que ninguém em sã consciência suporta mais. Só quem já leu livros de Saramago, como o Evangelho Segundo Jesus Cristo, As Intermitências da Morte, o bem conhecido Ensaio Sobre a Cegueira e o um pouco menos conhecido Ensaio Sobre a Lucidez, dentre outros, pode constatar isso e reconhecer um estilo único, duro, realista, emocionado e ao mesmo tempo cortante, com uma pontuação toda própria. Segue a breve nota retirada da Folha de São Paulo:

"Morreu ontem, aos 87 anos, o escritor português José Saramago. Autor do idioma que conquistou o maior reconhecimento internacional na literatura contemporânea, por causa do Prêmio Nobel ganho em 1998, ele estava em casa, na ilha espanhola de Lanzarote, com a mulher, Pilar.
O corpo será levado para Lisboa, onde acontecem o velório e a cremação.
Saramago nasceu numa família pobre, foi operário e se iniciou tardiamente como escritor de ficção. Atuou também como jornalista e dramaturgo. Estabeleceu uma obra marcada pela carga ideológica, em que seu ateísmo e seu marxismo se fundiam à uma escrita vigorosa e original. Ao longo Suas posições políticas renderam tantas polêmicas quanto seus lançamentos.
Após o Nobel, tornou-se popular, especialmente no Brasil, onde foram vendidos R$ 1,4 milhões de exemplares dos seus livros. Deixa uma única filha, Violante, do seu primeiro casamento.
Leia caderno com textos de Leyla Perrone-Moisés, Luiz Schwarcz e João Pereira Coutinho."

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