A notícia da Folha de São Paulo por si só diz tudo:
"O empresário Eike Batista, do Grupo EBX, teve um aumento de US$ 19,5 bilhões no seu patrimônio e se tornou o oitavo homem mais rico do mundo, com US$ 27 bilhões (metade do PIB equatoriano), segundo a revista "Forbes", a primeira vez nos últimos anos em que um brasileiro aparece entre os 50 mais ricos. Em 2009, ele apareceu na 61ª posição.
Com negócios em mineração, petróleo, geração de energia e logística, Eike se aproveitou da recuperação global no preço das commodities, da retomada da economia brasileira e da alta das ações das empresas do seu grupo -a Bovespa foi a Bolsa que mais se valorizou em dólar em 2009. O avanço do real, que liderou a valorização ante o dólar entre as principais moedas, também contribuiu para o aumento da sua fortuna.
Segundo a revista, dois terços da fortuna de Eike vêm da OGX (de exploração de gás e petróleo), cujas ações começaram a ser negociadas em Bolsa em 2008 e se valorizaram em 225% no ano passado. E o seu patrimônio, que foi o que mais cresceu no ranking, deve avançar mais com a abertura de capital do estaleiro OSX, com a qual pode arrecadar cerca de US$ 5 bilhões, dinheiro que na atual lista o levaria ao quarto posto.
O aumento do patrimônio de Eike é um reflexo da recuperação das economias emergentes, que voltaram a crescer antes e com mais força que as do mundo rico. A China, assim como a Índia e Turquia, mais que dobrou o número de bilionários em relação a 2009 e agora só perde para os EUA.
O avanço dos emergentes também pode ser visto no topo do ranking. A liderança pela primeira vez é de um latino-americano, o mexicano Carlos Slim, com US$ 53,5 bilhões -US$ 500 milhões mais que Bill Gates-, e dois indianos estão entre os cinco primeiros.
No Brasil, além do crescimento de Eike, o número de bilionários passou de 14 para 18, e um deles, Jorge Paulo Lemann, da AB InBev, também aparece entre os 50 primeiros, com US$ 11,5 bilhões, em 48º lugar.
No total, o número de bilionários cresceu de 793 para 1.011, e o patrimônio deles avançou 50%, para US$ 3,6 trilhões. Ainda assim, os números são inferiores aos de 2008, quando 1.125 pessoas tinham ao menos US$ 1 bilhão, somando US$ 4,4 trilhões."
Ou seja, mais uma vez chama a atenção a briga pela liderança, sempre acirrada, entre Gates e Slim. Vale complementar a notícia pela presença em terceiro do investidor Warren Buffet, com 47 bilhões de dólares, sempre pronto para tentar voltar à liderança. Completo também postando que os 18 brasileiros da lista da Forbes têm, juntos, uma fortuna de US$ 84,7 bilhões. A título de nota, o terceiro do Brasil, na 64ª posição da lista, é o banqueiro Joseph Safra, com uma fortuna acumulada de US$ 10 bilhões. A seguir, a família Steinbruch, dos grupos CSN e Vicunha, aparece na 136ª posição, com uma fortuna de US$ 5,5 bilhões e outros dois sócios da InBev aparecem sem seguida - Marcel Telles (152ª posição, fortuna de US$ 5,1 bilhões) e Carlos Alberto Sicupira (176ª posição, US$ 4,5bilhões). Fica fácil entender porque ganhamos tão mal quando vemos onde está o dinheiro do mundo e do Brasil.
PS: Assim, já podemos ficar tranquilos quanto a quem os governos de países miseráveis, como Brasil, Turquia, Índia e China (eufemisticamente chamados de emergentes) podem recorrer confortavelmente em casos de terremotos, enchentes e outras catástrofes.
É hora de mudar.
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Sem medo de dar grandes passos, afinal não se pode atravessar um abismo com
dois pulinhos.
Há 12 anos
3 comentários:
E a classe média se lascando. Muito informativo o post.
Tio... Vagando pela net vi que já tem frutos minha propaganda sobre seu blog. Achei o link nesse blog: http://monicaffernandes.blogspot.com/
Espero que através do blog o senhor possa transmitir um pouco de lucidez ao universo virtual.
Valeu Livi. Espero que alguém se dê ao trabalho de ler minhas pobres linhas. Ainda mais que eu não perco meu tempo contando tolices do cotidiano, que, ao que parece, é o que o povo gosta mais.
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