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segunda-feira, 21 de junho de 2010

A trilogia “Millennium”: livros e filmes.


 

Os livros da tríade Millennium (“Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, “A Menina que Brincava com Fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”), do escritor sueco Stieg Larsson, jornalista já falecido e que era especializado em denunciar falcatruas em seu país (sim, eles também têm, mas lá há punição) é agradável de ler, mas se desequilibra em muitos pontos. Antes de comentar, coloco a sinopse dos livros, retiradas de um site de vendas, para evitar minha prolixidade e para ganhar tempo:

“Os Homens que Não Amavam as Mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada.”

A Menina que Brincava com Fogo: “O tutor de Lisbeth foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados: um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes - um Colt 45 Magnum - não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo.”

A Rainha do Castelo de Ar: “Neste terceiro e último volume da série, Lisbeth Salander se recupera, num hospital, de ferimentos que quase lhe tiraram a vida, enquanto Mikael Blomkvist procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga, acusada de vários crimes. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se, ela quer uma oportunidade para dar o troco. E agora conta com excelentes aliados. Além de Mikael, jornalista investigativo que já desbaratou esquemas fraudulentos e solucionou crimes escabrosos, no mesmo front estão Annika Giannini, advogada especializada em defender mulheres vítimas de violência, e o inspetor Jan Bublanski, que segue sua própria linha investigativa, na contramão da promotoria. Com a ajuda deles, Lisbeth está muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos se articulou nos subterrâneos do Estado sueco, um complô em cujo centro está um perigoso espião russo que ela já tentou matar. Duas vezes.”

O primeiro livro, o melhor dos três, confesso, prendeu-me do início ao fim. A trama, o mistério e o suspense foram muito bem desenvolvidos pelo escritor, os personagens rigorosamente descritos e a linguagem bem colocada. Ao ler o segundo livro, apesar de ótimo entretenimento e diversão, tive a impressão de que o escritor era outro. Uma parte inicial completamente dispensável, em primeiro lugar. Em segundo, a linguagem fica cheia de clichês e algumas palavras de qualificações de personagens são repetidas exaustiva e primariamente. Em terceiro, o autor descamba no exagero: inventa relacionamentos desnecessários para construir um personagem extremamente irresistível e mulherengo de Blomkvist (o que já tinha feito no primeiro livro e já bastava) e uma Lisbeth que parece saída dos “X-Men”, com poderes de “super-hacker”, genialidade que rivaliza com cientistas renomados, memória fotográfica e agilidade, capacidade de luta e de recuperação de traumatismos mortais dignas de um “Wolverine”, quase impossíveis pelo seu tipo físico. O terceiro livro continua o segundo em tudo, embora seja mais bem construído e de trama mais bem elaborada e detalhada.

O filme do primeiro livro (“Män som hatar kvinnor”) é superior aos outros dois também (“Flickan som lekte med elden” e Luftslottet som sprängdes”), embora o segundo seja mais movimentado. A virtude maior dos filmes é a atuação de Noomi Rapace como Lisbeth Salander (ver foto acima), encarnando a personagem de forma magistral e perfeita. Uma grande atriz sem dúvida. Aliás, mesmo de duração muito longa, os filmes estão longe de serem cansativos (embora algumas pessoas tenham achado o início do primeiro um tanto monótono, embora eu discorde), são muito bem feitos, têm todos os personagens bem caracterizados e dispensam partes, em minha opinião, inúteis dos livros, embora alguns leitores fanáticos possam ter sentido falta delas. Também, de forma adequada, não se aprofundou tanto nas performances de “super-heroína” de Lisbeth (embora tenha sido necessário mostrá-las) nem nas conquistas amorosas excessivas de Blomkvist. O ator Michael Nyqvist que fez um dos personagens chave, o jornalista Mikael Blomkvist, entretanto, decepcionou-me um pouco, pois não conseguiu transmitir o carisma do personagem. Quanto à trama, achei bem desenvolvida, mas pode causar um pouco de confusão para quem for menos atento e não leu os livros. Para ver o terceiro filme, os cinéfilos têm que ter visto necessariamente o segundo, ou já ter lido os livros. os suecos foram inteligentes em lançar os três filmes com rapidez (só o primeiro foi exibido ainda no Brasil) antes que os americanos (que parecem acreditar, como a maioria beócia dos “assistidores de filmes”, que só eles sabem fazer cinema), seduzidos pelo sucesso da série dos livros, tomassem a frente, embora eu acredite que vão se meter em refilmagens, talvez dando mais agilidade a Blomkvist. De qualquer forma, os livros me divertiram muito e gostei muito dos filmes.

5 comentários:

Dr. Livigstone Tavares disse...

Tio Sérgio. Eu não li os livros, tampouco vi os filmes... Sugiro que o senhor coloque aqui os links para os torrent's dos filmes. Assim todos podem também comentar a respeito da trilogia e dos seus comentários a ela. (Sugiro os links dos filmes pois infelizmente a grande maioria tem preguiça de ler, ou não tem acesso fácil livros).

Sérgio Ricardo disse...

Infelizmente, caro amigo, não posso colocar os links aqui por questões legais. Aliás, para todos os efeitos, assisti os filmes em casas de amigos...

Dalvinha disse...

Sendo recomendado por vc, então deve valer muito a pena assistir. valeu a propaganda! rsrs
bj.

Marcela Moura França disse...

É verdade! Ele e Dalvinha assistiram aqui em casa!rs Com muita pipoca e guaraná! ;)

Anônimo disse...

Livigstone, a maioria tem preguiça de ler mesmo........abrç..http://atlantidadeplatao.blogspot.com/

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